Tenho vinte e cinco anos. Não sou mais jovem há um. Estou na metade da “meia-idade”. Agora é ladeira abaixo. Sei.
E te dou um dado? Um dos grandes baratos de envelhecer é adquirir o direito de dizer Não.
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Eu tenho quase 30 anos.
Não tenho mais 20 e poucos – não tô mais em idade de acertar nada.
Vou errar todo dia até o fim.
Erro tão bem e com tal propriedade que não preciso de ninguém nem coisa nenhuma – erro sempre comigo mesma.
Mas vou errar com os outros também – com todos.
E depois e depois, até todo mundo se encher e ir pra longe.
Que seja pobre, calada e sozinha.